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3 Dádivas que o filho pródigo recebeu do pai

A parábola do filho pródigo é uma história poderosa narrada no livro de Lucas 15:11-32, sobre a graça de um Deus poderoso. Essa passagem bíblica é considerada por muitos como um dos maiores tesouros em forma de história. Sendo repleta de acontecimentos, sentimentos e detalhes importantes, uma verdadeira riqueza para extrairmos grandes sermões e lições de suma importância para os dias atuais.

Contudo, hoje quero compartilhar as três dádivas que o filho pródigo recebeu do pai, as quais foram as roupas novas, o anel no dedo e os sapatos, significando: Honra, autoridade e aceitação imediata do pai

1. O filho pródigo recebeu a melhor roupa

dádivas que o filho pródigo recebeu

“Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho” – Lucas 15:22a

Na parábola do filho pródigo, a volta do filho perdido à casa do pai é marcada por um gesto de amor e restauração: o presente de uma nova roupa, o qual significava o dom da honra, mostrando a todos que a identidade e a dignidade daquele filho estava sendo restaurada. Naquela cultura, as roupas refletiam não apenas a condição financeira, mas também a posição social e o respeito na comunidade. Os pobres muitas vezes tinham que se contentar com trapos e peles de animais, enquanto os ricos ostentavam tecidos finos e luxuosos.

Ao vestir seu filho com a melhor roupa, o pai não está apenas cobrindo sua nudez física, mas restaurando sua posição na sociedade, sua dignidade como membro da família. Ele está dizendo: “Você não é mais um empregado, nem um escravo. Você é meu filho, e sempre será”. Este gesto é um símbolo de perdão, aceitação e amor incondicional.

Assim como o pai na parábola do filho pródigo, Deus nos recebe de braços abertos quando nos voltamos para Ele. Nos oferecendo não apenas perdão, mas uma nova identidade, vestindo-nos com vestes de justiça e santidade. Ele nos restaura à posição de filhos amados, parte de Sua família celestial.

2. O filho pródigo recebeu do pai um anel

parábola do filho pródigo

“…ponde-lhe um anel na mão” – Lucas 15:22b

O gesto de colocar um anel na mão do filho é uma das partes mais marcantes dessa parábola, pois o anel era muito mais do que uma peça de joalheria; era um símbolo de autoridade e pertencimento. Naquela época, os anéis não apenas adornavam os dedos, mas também selavam acordos e conferiam poder.

Reis, nobres e grandes comerciantes usavam anéis para selar documentos importantes, conferindo-lhes legitimidade e autoridade. Portanto, ao colocar um anel na mão do filho, o pai estava concedendo a ele mais do que um acessório, estava investindo nele autoridade e confiança.

Esse gesto representava o perdão incondicional do pai. Apesar das escolhas erradas do filho, apesar de ter desperdiçado uma parte significativa da herança em uma vida de excessos e imprudência, o pai não apenas o acolhe de volta, mas o eleva à posição de gerente de seus bens. É como se o pai dissesse: “Você não é mais apenas meu filho, você é meu colaborador, meu parceiro nos negócios”.

Essa generosidade extravagante do pai ecoa a natureza do perdão divino. Assim como o pai da parábola do filho pródigo, Deus está pronto para nos receber de volta, independentemente de nossos erros passados. Ele não apenas nos perdoa, mas também investe em nós autoridade e poder espiritual. Somos restaurados à posição de filhos e filhas amados, capacitados para administrar sua graça e amor no mundo.

Portanto, o anel na mão do filho pródigo é mais do que um objeto material; é um símbolo tangível do perdão, da reconciliação e da restauração. É um lembrete de que, não importa o quão longe possamos ter nos desviado, sempre há espaço para retorno, redenção e renovação em casa do Pai.

3. O pai deu ao filho pródigo calçados para os pés

calçados a dádiva que o filho pródigo recebeu

“…alparcas nos pés” – Lucas 15:22c

A terceira dádiva que o pai do filho pródigo deu a ele foi um par de sandálias. Essas sandálias não eram apenas um simples calçado; elas simbolizavam liberdade e status. Nos tempos antigos, apenas os livres tinham o privilégio de usar calçados nos pés, enquanto os escravos eram obrigados a andar descalços.

Ao dar as sandálias ao seu filho, o pai estava concedendo a ele mais do que simples proteção para os pés; estava oferecendo-lhe a liberdade de ir e vir, de explorar o mundo além das fronteiras da propriedade da família.

Esse gesto não foi apenas uma gentileza, mas uma expressão profunda de amor e perdão. O pai não queria aprisionar seu filho, mas sim dar-lhe a oportunidade de viver uma vida plena e livre. Ele confiava no arrependimento genuíno de seu filho e acreditava que ele poderia fazer escolhas melhores no futuro.

Esse presente das sandálias também carrega uma mensagem espiritual poderosa. Assim como o filho pródigo recebeu sandálias que simbolizavam liberdade, os crentes são chamados a viver em liberdade espiritual.

O apóstolo Paulo escreve em Efésios 6:15 sobre a importância de estar calçado com “a preparação do evangelho da paz”. Isso significa que, como filhos de Deus, não devemos viver como escravos do medo, da culpa ou da condenação, mas sim como pessoas livres, que têm acesso à graça e ao perdão de Deus.

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Sobre o Autor

Indiara Lourenço
Indiara Lourenço

Indiara possui mais de 20 anos de experiência ensinando e pregando. Já atuou em vários ministérios como: infantil, feminino e jovens. Estudante de teologia, também ministra aulas na EBD.

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