4 Lições da história de Rebeca, a esposa de Isaque
Rebeca, uma das jovens mais interessantes da Bíblia Sagrada, sendo retratada como pura, bela, gentil, prestativa, trabalhadora, hospitaleira, bem como compreensiva e confiável. Essa jovem era sobrinha-neta de Abraão e acabou sendo escolhida para ser a futura noiva de Isaque.
Ser escolhida para se casar com um parente rico era considerado uma verdadeira benção de Deus. Seu pai Betuel, e seu irmão Labão tinham plena convicção que era obra de Deus, contudo a decisão de deixar a casa de seu pai e seguir era dela, refletindo a autonomia que as jovens mulheres de sua cultura desfrutavam.
A história conta que Rebeca se ofereceu para um serviço humilde, o qual lhe abriu as portas para um destino grandioso, preparado por Deus. Ela então casou-se com Isaque, um homem que a amava muito, e após ter lutado com a dor da esterilidade, Deus ouviu as orações de Isaque e lhe concedeu o privilégio de ser mãe de gêmeos: Esaú e Jacó.
Embora, Rebeca possuísse muitas qualidades, ela não era perfeita. E como qualquer ser humano fadado ao pecado, ela cometeu erros que lhe trouxeram grande dor e sofrimento.
Sendo assim, vamos agora conhecer as 4 principais lições que Rebeca nos ensina através de sua história de vida.
4 Lições bíblicas que aprendemos com a vida de Rebeca
1. A humildade e o Serviço abrem portas grandiosas
“E, acabando ela de lhe dar de beber, disse: Tirarei também água para os teus camelos, até que acabem de beber. E apressou-se, e despejou o seu cântaro no bebedouro, e correu outra vez ao poço para tirar água, e tirou para todos os seus camelos.” (Gênesis 24:19-20)
Quando Eliezer, o moço de Abraão orou ao Senhor para que o guiasse na escolha de uma esposa para Isaque, ele pediu que essas qualidades fossem visíveis na sua personalidade. Porque ninguém pode possuí-las se não tiver um caráter nobre.
Estas mesmas qualidades podem ser observadas de maneira abundante no caráter de Jesus. Humildade e serviço, são qualidades que estão intrinsecamente ligadas a Ele.
Todo o verdadeiro cristão deve demonstrar estas qualidades em sua vida diária. Pois, o orgulho, a vaidade e a falta de amor ao próximo são empecilhos, para que estas qualidades sejam vistas em nossas vidas.
As atividades de Rebeca foram voluntárias e desinteressadas porque faziam parte do seu caráter (Gênesis 24:19-20).
A primeira das lições que aprendemos aqui com Rebeca é que devemos orar a Deus suplicando um caráter semelhante. Dessa maneira, não estaremos apenas nos igualando à ela, mas principalmente à Jesus.
2. Tenha uma vida de intimidade com Deus
“E os filhos lutavam dentro dela; então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi perguntar ao SENHOR.” (Gênesis 25: 22)
Rebeca era uma mulher de fé e de oração. O qual nos ensina uma preciosa lição, servindo de estímulo para que nós busquemos ao Senhor mais intensamente.
Sua fé era resultado de uma comunhão íntima com Deus. Algo especial que ela tinha, pois quando ela se viu perplexa e aflita, ela não buscou intermediários, mas antes correu aos pés do Senhor seu Deus para ter a resposta de suas incertezas e aflições.
É notável também que, em resposta as suas súplicas, o próprio Deus conversou com ela, trazendo-lhe alívio, forças e, principalmente, a revelação de que havia gêmeos no seu útero, além de revelar também o futuro deles e de suas gerações futuras.
Assim, da mesma maneira pode acontecer conosco, se buscarmos ao Senhor e fizermos d’Ele o nosso melhor amigo e confidente. Podemos estar certos de que, como aconteceu com Rebeca, Ele nos dará a resposta para as nossas orações.
3. Errou, apesar de estar certa
“E Rebeca escutou quando Isaque falava ao seu filho Esaú. E foi Esaú ao campo para apanhar a caça que havia de trazer. Então falou Rebeca a Jacó seu filho, dizendo: Eis que tenho ouvido o teu pai que falava com Esaú teu irmão, dizendo: Traze-me caça, e faze-me um guisado saboroso, para que eu coma, e te abençoe diante da face do SENHOR, antes da minha morte. Agora, pois, filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te mando:” (Gênesis 27:5-8)
No dia em que Isaque resolveu dar a benção da primogenitura a Esaú, Rebeca, agiu rapidamente e montou uma trama com seu filho caçula, para juntos enganarem a Esaú e o seu idoso pai, já acometido pela cegueira.
Rebeca estava certa quanto a quem cabia o direito de receber a primogenitura, por dois motivos:
- 1. O próprio Deus, no dia do parto, lhe revelara a preeminência do menor sobre o maior.
- 2. Ela se lembrou de que Esaú fizera pouco caso da benção, vendendo-a a seu irmão por um simples prato de lentilhas.
Por esses dois motivos, a benção cabia indubitavelmente a Jacó, porém, Isaque resolveu desconsiderar tais razões, para favorecer o seu filho preferido.
O fato de isto ter acontecido, não indica a aprovação divina para o ato enganoso de Rebeca e Jacó, pois Deus não necessita de ajuda para alcançar seus propósitos.
Deus não se agradou do engano, mas agiu apesar dele. A benção foi concedida a Jacó, não por causa de sua astúcia, mas sim por causa da intervenção divina.
Como consequência de seu erro, Rebeca teve que presenciar seu filho partindo para uma terra distante e nunca mais pôde vê-lo. Pois ela morreu antes que ele voltasse para sua terra natal.
4. Para Deus, os fins nunca justificam os meios
“E disse-lhe sua mãe: Meu filho, sobre mim seja a tua maldição; somente obedece à minha voz, e vai, traze-mos. E foi, e tomou-os, e trouxe-os a sua mãe; e sua mãe fez um guisado saboroso, como seu pai gostava. Depois tomou Rebeca os vestidos de gala de Esaú, seu filho mais velho, que tinha consigo em casa, e vestiu a Jacó, seu filho menor.” (Gênesis 27:13-15)
Outro erro cometido por Rebeca e frequentemente praticado por muitos cristãos em nossos dias, inclusive pela igreja cristã em épocas passadas, foi acreditar na premissa de que os fins justificam os meios.
Ao assumir o controle da situação criando uma estratégia para enganar seu marido, rebeca estava pondo em dúvida o poder de Deus para cumprir o que lhe havia revelado, quando ainda estava para dar à luz os seus filhos. Deus lhe havia revelado que Jacó assumiria a primogenitura, porém, como isto aconteceria, era um problema de Deus e não dela.
A palavra de Deus se cumpriria quando o Senhor achasse conveniente, bastava para ela ter esperado a intervenção divina. Ou seja, Rebeca estava cometendo um erro na esperança de estar corrigindo outro.
Quando tomamos decisões não fundamentadas numa estrita norma de justiça, é porque nossa mente está obscurecida pela tolice do nosso coração.
O branco nunca deve parecer preto para um cristão, e vice-versa. O certo nunca deve parecer errado e o errado nunca deve ser certo, se isto acontecer, é porque nossa mente está seduzida pelos enganos de satanás.
Portanto, vigiemos o inimigo anda em nosso derredor buscando a quem possa tragá-lo (1 Pedro 5:8).
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